É um edifício composto por dois pisos, a fachada é animada por seis pilastras, e por um frontão triangular de linhas clássica gregas, e este é ornamentado com as armas de Pina Manique no tímpano. Este ligasse aos corpos laterais por intermédio de Aletas (alas). O portal de verga reta está associado a um grande janelão no primeiro piso. O corpo axial possui janelas de peitoril retangular no piso térreo e, no piso superior, janelas semelhantes, mas com verga ligeiramente curva. Nos panos laterais tem janelas retangulares simples, do lado direito abre-se um portão em arco de volta perfeita, ao nível do rés-do-chão as extremidades são marcadas por cunhais em pedra rematados de pináculos.

O edifício da Câmara e cadeia, mostra em fachada, um corpo central, encimado por um frontão com os vãos maiores e mais trabalhados.

O edifício é constituído por dois pisos, o primeiro acolheria o cárcere e a sala de audiências do tribunal.

O acesso ao segundo andar e feito através de um vestíbulo coberto com uma abobada abatida, que serve uma escadaria nobre em corpo único até ao primeiro patamar, é iluminada por três janelões, a partir daqui se desenvolve em dois corpos paralelos até ao segundo andar, toda ela decorada com azulejos.

Do acesso aos diferentes compartimentos, distinguindo-se três, interligados presumivelmente para o tabelião, o escrivão e juiz, decorados até meia parede com azulejos e o teto é em madeira com brasões pintados.

Nos dois pisos do lado esquerdo seriam a residência do juiz e aposentos da criadagem, atualmente ocupados pelo Centro de Dia da casa do Povo de Manique do Intendente, e que durante alguns anos também foi utilizado como habitação de particulares No lado oposto um espaço mais vasto, destinado presumivelmente a reuniões em Assembleia, todo este lado destinar-se-ia a aposentos, estrebarias e cocheiras.

A casa da Câmara e cadeia funcionou como tal até a extinção do concelho de Manique do Intendente, corria o ano de 1855, situação que se mantêm atualmente.

A casa da Câmara foi adquirida pela Câmara Municipal de Azambuja na época de oitenta, em 2001 foi restaurado o telhado e a fachada principal também foi restaurada e pintada, as pedras das cantarias foram limpas.

Brasão dos Pina Manique

O Brasão ostenta as armas de um elmo fora de peça em linha de perfil. O escudo dividido ao meio em duas sessões, a da esquerda tem um alto-relevo de castelos de vermelho equipo-lentes a quatro pontes de vermelho em cada leão de ouro. A da direita na parte superior em diagonal a cabeça de dois dragões ligados por uma faixa azul. Em volta do brasão existe uma grinalda de louros e respetivos frutos a enaltecer a casa dos Pina Manique. Na parte debaixo do brasão existem duas varas ligadas por correias e terminadas com um machado, insígnia da justiça (Bem/Mal), ainda mais abaixo existem livros encadernados símbolos de cultura e filosofia de um povo, do lado direito tem o lema dos Pina Manique a significar que querer é poder, do lado esquerdo a cornucópias símbolo mitológico da fortuna, da abundância, cheia de flores e frutos (maças, marmelos, peras, uvas e espigas de trigo) a simbolizar a terra fértil de Manique do Intendente